Os óleos lubrificantes são um conjunto sofisticado de óleos básicos refinados ou sintéticos com aditivos de alta performance, que contém substâncias que se interpõem entre as superfícies em movimento (máquinas e motores), formando uma camada nessa superfície metálica como se fosse uma película, a fim de evitar ou minimizar o contato (atrito) entre as partes e, consequentemente seu desgaste, geração de calor, além de auxiliar na vedação do motor, por exemplo.
TIPOS DE LUBRIFICANTES: Os lubrificantes minerais são obtidos por processos de destilação do petróleo. Os sintéticos são produzidos em laboratórios a partir de diversos componentes e os semissintéticos, são misturas de óleos minerais e sintéticos.
CARACTERÍSTICAS DOS LUBRIFICANTES: As principais características dos lubrificantes são:
1) Viscosidade: resistência de um fluido ao escoamento.
A viscosidade mede a dificuldade com que o óleo escorre (escoa). Quanto mais viscoso (grosso) for um lubrificante, mais difícil de escorrer, aumentando-se com isso sua capacidade de manter-se entre duas peças, fazendo a lubrificação das mesmas. Porém, a viscosidade dos lubrificantes não é constante. O principal agente influenciador é a temperatura, causando variação na viscosidade. Quando a temperatura aumenta, a viscosidade diminui e o óleo escoa com mais facilidade.
O índice de Viscosidade (IV) é o índice que mede a variação da viscosidade de acordo com a temperatura. Quanto maior for esse índice, menor será a variação de viscosidade do lubrificante, quando submetido a diferentes valores de temperatura. Para indicar os óleos lubrificantes de maneira adequada para uso em veículos automotivos, estabeleceu-se um critério, pela Sociedade dos Engenheiros Automotivos (SAE- Society os Automotive Engineers), dos Estados Unidos, que classifica os óleos pela sua viscosidade, através de um número. Quanto maior for esse número, mais viscoso é o óleo, quanto menor ele for mais fluído é esse lubrificante.
A classificação SAE para lubrificantes de motor vai de 0W a 25W, onde W significa “winter” (inverno) e indica um óleo tratado para a mais alta fluidez em baixas temperaturas. Ou seja, mostra a fluidez do lubrificante na partida a frio. Quando temos um óleo multi viscoso com classificação 20W50, por exemplo, significa que o óleo se comporta como um 20 W na partida a frio e como um 50 no funcionamento a quente. Aumentar a diferença entre esses parâmetros significa mais flexibilidade em uso de condições extremas de temperatura.
2) Aditivos: Outro critério que classifica um lubrificante com relação a sua aplicação é o índice API, desenvolvido pelo American Petroleum Institute, que define o nível de aditivação do óleo. Aditivos são substâncias químicas agregadas ao óleo em proporções balanceadas para melhorar a performance dos lubrificantes.
Essa classificação baseia- se em níveis de desempenho dos óleos lubrificantes, ou seja, no tipo de serviço no qual a máquina ou motor estará sujeito. Neste caso, os motores são abastecidos com lubrificante a ser avaliado e colocados em funcionamento em condições rigidamente controladas. A sequência de teste determina os padrões e condições internos que o motor deve apresentar após rodar com o lubrificante em teste.
Estes padrões levam em conta: proteção, desgaste dos componentes, limpeza, contaminação, etc. São classificados por duas letras. A primeira determina o serviço “S” -Service Station (SPARKLE = faísca – tipo de motor dos carros modernos) e a segunda o desempenho.
Atualmente, os óleos lubrificantes para motores a álcool, gasolina e GNV de 4 Tempos são classificados pelas letras de SL a SP, onde L é o mínimo de aditivos hoje utilizados e exigidos pela Agência Nacional de Petróleo e P, o mais superior e completo no mercado. Isto é, a classificação em ordem alfabética determina maior poder de proteção e limpeza de um lubrificante. Quanto maior é a classificação, maior é o desempenho deste lubrificante. Para motores a Diesel, a lógica é a mesma, mudando apenas a nomenclatura. Os óleos mais comuns são C – serviço (“compression”) e D, E, F, G, H (para os aditivos). Foram ainda acrescentados números para indicar o tipo de motor (2 ou 4 tempos) a que se destina o lubrificante. Ex: CK 4 é o último lançado, mais moderno. Os lubrificantes também podem ser classificados por outras organizações internacionais, para expressarem uma mesma classificação de lubrificante.
Sendo assim, resumidamente temos:
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